O QUE TE MOVE? O QUE NOS MOVE?
Todos nós humanos somos agraciados com corpos, sentidos e pensamentos que são formas de expressão de nossa autoconsciência. Olhamos no espelho e nos identificamos como uma personalidade que representa muitos papéis na vida cotidiana. Somos homens, mulheres, filhos, pais, amigos, amantes, amados e uma série sem fim de identidades que nos conectam com as pessoas e o mundo ao nosso redor. São muitos papéis e relações. No entanto todas elas são identidades que assumimos desde que nascemos e para cada uma delas existe um porque nos movimentarmos ou nos movemos. O ponto que quero evidenciar aqui é que existe algo além de todas estas identificações. E descobrir isso é imprescindível para chegarmos a uma resposta verdadeira sobre o que nos move.
Por isso para responder à pergunta sobre o que realmente nos move ou o que me move, tenho que responder, primeiramente, outra questão.
QUEM SOMOS NÓS? Ou ainda O QUE EU ACREDITO QUE EU SOU?
Posso responder de acordo com referências materialistas e dizer que sou um produto do acaso e da mecanicidade de um suposto universo sem sentido e/ou propósito. E tudo bem se você pensa assim, esta é uma posição pessoal a qual todos nós temos o direito de acreditar. Neste contexto, responder à pergunta do que te move não faz muito sentido, pois todas elas dependem daquilo que o ambiente externo e sem sentido te impõe. Apesar de termos autoconsciência não temos a capacidade de exercê-la de forma mais contundente, pois estamos presos aos ditames e relações de poder do mundo ao nosso redor.
Porém, podemos responder a esta pergunta de modo diferente. Posso responder conforme o teólogo Teilhard de Chardin: “Não somos seres humanos vivendo uma experiência espiritual, somos seres espirituais vivendo uma experiência humana”. Ou seja, somos almas vivendo experiências no mundo em uma jornada de vivências e experiências diante de um universo material e imaterial que está em expansão e desenvolvimento.
Agora sim, tudo faz mais sentido e a resposta para a pergunta sobre o que me move fica mais consistente. É como responder ao gato rosa-listrado que indaga Alice (no país das maravilhas) para onde ela quer ir. No meu caso, de forma mais abrangente eu diria: Quero seguir a Jornada da minha alma de encontro ao caminho para o meu desenvolvimento pessoal fazendo desta experiência, aqui neste mundo a melhor possível, compartilhando o que aprendo e recebendo o que devo aprender para torná-lo o melhor lugar para todas as almas que aqui estão.
Mas este é só o primeiro estágio da resposta, podemos personificá-la agora para o Júlio Cesar que aqui escreve. Quais são os dons perceptíveis da minha alma que me faz acordar todos os dias pela manhã e movimentar todos os meus sentidos na direção de melhorar a mim e ao mundo que vivo?
Graças a Deus fui contemplado pela minha alma com vários dons para explorar o mundo que até agora consegui tocar. Dentre estes dons aqueles que sempre estiveram presentes na minha vida são: Ler, escrever, estudar sobre desenvolvimento humano e usar a tecnologia para ajudar a melhorar o Ser humano e a sociedade. Acredito que hoje ainda não realizei nem 1/3 do que preciso realizar, mas a minha consciência sobre quais ferramentas tenho nas minhas mãos para realizar este objetivo já me coloca no caminho… e o caminho é o TAO!
Namastê!
Julio Barbosa